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Quem foi João, o Batista?


João Batista era o mesmo  Elias?  Ele reencarnou?  Ele era um profeta? Foi João ou Elias quem apareceu na transfiguração?
Vamos fazer um rápido sobrevoo sobre a vida de João Batista antes de responder a estas  perguntas importantes sobre seu ministério. 

João Batista- Breve Biografia

A biografia de João batista pode ser montada a partir de relatos presentes nos quatro evangelhos. Ele foi o profeta do Messias. Seus pais se chamavam Zacarias (que era sacerdote) e Isabel (que era prima de Maria, a mãe de Jesus). João nasceu de modo milagroso e foi cheio do Espírito Santo desde o seu nascimento, reforçando sua vocação especial. João Batista foi o profeta que preparou o caminho para o ministério do Senhor Jesus; Nasceu em aproximadamente 7 a.C. Ele cresceu no deserto da Judéia (Lucas 1.80). Em aproximadamente 26 d.C., ele recebeu o chamado para exercer seu ministério profético (Lucas 3.2).

João Batista foi preso ao afirmar que era ilícito o casamento do rei Herodes com a esposa de seu próprio irmão Filipe. Não permaneceu muito tempo preso, porque logo depois, entre 27 e 29 d.C., João Batista foi decapitado na prisão a mando do rei Herodes.





O ministério de João batista

O Antigo Testamento apontava para um profeta que viria antes do Messias, para preparar e anunciar que ele estava chegando. Ele pregaria o arrependimento e prepararia as pessoas para o grande momento da chegada de Cristo.


Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.
Malaquias 4.5,6

Uma voz clama no deserto preparem o caminho para o Senhor; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus.
Isaías 40.3


O ministério profético de João Batista foi anunciado pelo anjo Gabriel ao seu pai Zacarias: 

[...] o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração; e tua mulher Isabel te dará a luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de João. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus; e irá adiante dele com o espírito e a virtude de Elias, a fim de reconduzir os corações dos pais para os filhos 
Lucas 1.13

João executou a contento sua missão, batizou o povo com água para arrependimento, a fim de preparar o caminho para a chegada de Jesus, que batizaria o povo com Espírito Santo e com Fogo ( Mateus 3.11) .

João Batista porém sabia que ele era apenas uma sombra, e aguardava apenas a manifestação do Messias para que seu ministério terminasse. Ele afirmou, quando conheceu Jesus:

Importa que Ele cresça e eu diminua 
João 3.30


João Batista pregava o arrependimento. Ele avisava que Deus pune o pecado e que ninguém iria escapar só por ser judeu de nascimento. Era preciso se arrepender, mudar suas práticas pecaminosas para ser perdoado(Lucas 3.7-9).

João Batista batizou Jesus com água, no Rio Jordão, sendo que este batismo foi realizado a fim de cumprir as promessas, pois Cristo, o Filho de Deus , sem pecado, não carecia de ser batizado. Depois deste batismo João passou a anunciar Jesus como o Messias (João 1.29-31).




João Batista era Elias?

João Batista não foi uma reencarnação de Elias, como alguns afirmam, por três motivos principais:


1 - A Bíblia ensina claramente que não há reencarnação:

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo. 
Hebreus 9.27


2 - Elias não poderia reencarnar, pois ele nem mesmo morreu, desta forma não poderia nascer novamente em outro corpo. Se João Batista fosse literalmente a pessoa de Elias, isso teria sido uma ressurreição, não uma reencarnação

Enquanto iam caminhando e conversando, de repente um carro de fogo apareceu e passou pelo meio deles, separando-os. Elias foi, assim, levado para os céus num redemoinho.
2 Reis 2.11


3 - João Batista nega especificamente e claramente ser Elias.

E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
João 1.21




Então porque Jesus diz que João Batista era Elias?

E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. 
Mateus 11.14

Lendo essa passagem ficamos em uma aparente confusão. Como conciliar essas duas declarações, a de Jesus e a do próprio João?
Simples, para aqueles que estavam dispostos a acreditar em Jesus, João Batista exerceu o ministério de Elias, pois acreditavam em Jesus como Senhor. Para os líderes religiosos que rejeitaram Jesus, João Batista não exerceu essa função.
O ministério de Elias foi um modelo, um padrão que seria repetido quando na época do advento do Messias. Era um ministério muito especial, exigia firmeza inabalável, comprometimento e uma devoção tremenda. Só alguém cheio do Espírito Santo para executá-lo de maneira adequada.
Assim como Jesus é salvador apenas dos que creem, para os que não o recebem como Senhor e Salvador ele será juiz e os condenará. João Batista não era o "Elias" dos fariseus, pois eles não receberam ele como tal, nem reconheceram como profeta.

Vamos ler o trecho completo.


E o questionaram: “Quem és, então? És tu Elias?” Ele disse: “Não o sou.” “És tu o Profeta?” E João afirmou: “Não.”
Então, perguntaram a ele: “Quem és tu? Dá-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?”
João lhes disse: “Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Fazei um caminho reto para o Senhor’, como disse o profeta Isaías.
João 1.21-23

João dizia de si mesmo como voz que clama do deserto. Para os fariseus João não seria mais do que isso. João não seria o profeta para os fariseus, nem Elias, mas apenas uma voz soando, como um sino que toca ao longe aos ouvidos dos incrédulos fariseus.

  João ou Elias no monte da Transfiguração



Seis dias depois, Jesus subiu a uma montanha, e levou com ele apenas Pedro, Tiago e João. Lá em cima, o seu aspecto transformou-se diante deles e a sua roupa ficou brilhante. Era branca como a neve. Ninguém no mundo seria capaz de a branquear assim. Nisto, os discípulos viram Elias e Moisés a conversar com Jesus. Então Pedro disse: “Mestre, é tão bom estarmos aqui! Vamos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.” Pedro nem sabia o que estava a dizer. É que os discípulos estavam cheios de medo. Depois apareceu por cima deles uma nuvem que os envolveu na sua sombra. E dessa nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho querido. Ouçam o que ele diz!”
 Marcos 9.2-8

Moisés e Elias vieram ter com Jesus a fim de fortalecê-lo para enfrentar os dias difíceis que teria pela frente. Dias de prisão, julgamento e morte.
A figura de João Batista não apareceu aos discípulos no monte da transfiguração João Batista já tinha morrido neste momento da história, e seria claro que os discípulos o reconheceriam facilmente. Por outro lado, reconhecer   Moisés e Elias seria impossível. Parece-me muito mais provável que fosse  uma visão que lhes foi concedida, aos três ao mesmo tempo. Ou o espírito de Moisés e de Elias e o Senhor pode os ter informado de quem eram os dois. Essa são apenas conjecturas claro.
O importante é saber que Moisés e Elias vieram ter com Jesus representando para referenciar aqueles que, no Antigo Testamento, apontavam para o Messias. Moisés como representante da Lei e Elias como representando os profetas.


 
O ministério profético de João Batista

Como já vimos, João Batista é o cumprimento de profecias feitas ainda no Antigo Testamento. Ele mesmo foi o último profeta, nos moldes do Antigo Testamento. Jesus declarou que ele era o profeta que havia sido prometido (Marcos 9.13; Mateus 11.14).
Ele encerrava um período da história, o período da Lei e dos profetas, e começava a vislumbrar o novo período que nascia como o ministério do Messias. Isso fica claro nas palavras de Jesus:

A Lei e os profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus.
 Lucas 16.16



João Batista para nós hoje
 João foi profeta que não negligenciava o pecado, mas o condenava com toda a severidade. João pregava a verdade  sem temer os homens e sem ceder a opinião do povo. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João não poderia fazê-lo, e insistindo em condenar o adultério do rei, foi preso e decapitado por isso. Cumpriu cabalmente seu chamado e morreu martirizado por isso. Ele foi um exemplo de fidelidade, ousadia e devoção para toda a igreja hoje em dia.

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