O
qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento,
não da letra, mas do espírito;
porque a letra mata e o espírito vivifica.
2 Coríntios 3.6
porque a letra mata e o espírito vivifica.
2 Coríntios 3.6
Errar na interpretação de um texto bíblico não é algo incomum, todos
nós erramos em maior ou menor grau, especialmente em textos difíceis
( Daniel, Apocalipse, Zacarias são campeões) porém há erros tão
horrorosos que é preciso grande esforço para não perceber o
equívoco.
Ler
um versículo isolado é o pai de todos os erros de interpretação. O uso enlouquecido
de versículos bíblicos isolados pode provar qualquer coisa na
Bíblia. Desde o Catolicismo, luteranismo, mormonismo, neopentecostalismo, até mesmo a doutrina
kardecista, tudo pode surgir dentre textos pinçados e selecionados. mas será que todos fazem sentido? Tudo pode ser provado selecionado versículos daqui e dali, sem dar atenção ao texto circundante.
Este
versículo de 2 Coríntios 3.6 é um dos melhores exemplos de como
uma heresia maligna pode brotar de um erro simples de interpretação. Aqui há uma heresia que se chama anti-intelectualismo bíblico. Essa heresia quer afastar as pessoas do estudo dedicado e esmerado das verdades reveladas por Deus.
Vamos fazer uma breve análise deste texto para corrigir isso. Para entender o texto é preciso fazer o óbvio, ler o que vem antes e depois do versículo.
Vamos fazer uma breve análise deste texto para corrigir isso. Para entender o texto é preciso fazer o óbvio, ler o que vem antes e depois do versículo.
4
E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
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não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de
nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,
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o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto,
não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito
vivifica.
7
Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em
glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os
olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual
se estava desvanecendo,
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como não será de maior glória o ministério do espírito?
2
Coríntios 3.5-9
A
leitura apressada do versículo 6 induz-nos a pensar que Paulo está
combatendo o ensino das Escrituras e condenando o conhecimento de
Deus que advém deste estudo. Ora, isso é um tremendo contrassenso!
Conhecer a Deus não é somente necessário, é imprescindível. Sem
estudarmos sua palavra estaremos condenados!
Mas
o certo é que devemos ler antes e depois do texto, o chamado
CONTEXTO.
Paulo
está mostrando neste texto, a diferença entre a lei e o espírito.
Ele explica que o Antigo Testamento (a letra) traz a condenação,
enquanto o Novo (o espírito) oferece a salvação.
Paulo
está falando de um novo pacto e por que este pacto é superior ao
antigo. O primeiro pacto foi o da Lei Mosaica, que trazia a
condenação do pecado e o juízo de Deus. O segundo pacto traz o
perdão do pecado, a condenação do mesmo na morte de Cristo na cruz
e nossa salvação pela fé. O primeiro é Letra ( da Lei) e o
segundo é Espírito ( a palavra de Cristo).
O
A.T. está totalmente comprometido com o pacto e da legislação de
Moisés; São 613 mandamentos catalogados e registrados como regras
necessárias para a conduta moral e a adoração cerimonial do povo
hebreu. A bênção e a vida estava condicionada à sua obediência
estrita e a morte à sua desobediência. A escolha era vida ou
morte: a vida se cumprir a lei, e a morte se fracassassem em fazê-lo.
Mas Israel quebrou o pacto, fracassando em obedecer a aliança
(Jr. 31-34).
A
nova aliança é imensamente mais graciosa e abençoadora que a
antiga porque vem do Espírito Santo e não leva à morte (v.7,8);
nos traz perdão, nos traz esperança de vida eterna, nos dá paz no
coração e nos leva a procurar uma vida santificada para estarmos
mais próximos de Deus.
É vasto o uso deste versículos por evangélicos adeptos da heresia do anti-intelectualismo; Essa heresia se caracteriza por negar a importância do estudo sistemático e disciplinado das questões teológicas.
Em geral, o anti-intelectualismo bíblico se justifica mediante os argumentos de ideologias e pragmatistas. Entre as suas motivações ( erradas) mais comuns, podemos enumerar: ressentimento de pessoas pouco instruídas contra eruditos; hostilidade em relação ao trabalho realizado pelos intelectuais, como educação, defesa da fé, crítica à erros teológicos , produção de material de fortalecimento doutrinário e discipulado bíblico. Críticas infundadas e preconceituosas que precisam ser combatidas. Precisamos de doutos e indoutos do Reino de DEus, mas é melhor que os indoutos procurem crescer no conhecimento de Deus,
Graças
a Deus pelo Espírito Santo que nos instrui e alimenta pela sua
Palavra nos dando vivificando.
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