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Irrefutável - Estoicos e epicureus contra Paulo - Atos 17.18


E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.

Atos 17.18


Atos 17:18
é um versículo interessante no contexto do discurso de Paulo em Atenas, onde ele está pregando o evangelho para um grupo de filósofos gregos no Areópago. Neste verso, alguns dos filósofos Epicureus e Estoicos começam a zombar de Paulo, quando ele começa a falar sobre Jesus e a ressurreição.

Grosso modo, os Epicureus eram filósofos que acreditavam na busca do prazer como a principal finalidade da vida, enquanto os Estoicos acreditavam em viver de acordo com a razão e na conformidade com a ordem divina. Ambos  consideravam a ideia de uma ressurreição como algo absurdo e improvável, e é por isso que eles começam a ridicularizar Paulo quando ele menciona isso.

No entanto, o fato de que Paulo estava pregando sobre a ressurreição já era um sinal de como ele estava tentando se comunicar com seus ouvintes, pois ele sabia que essa era uma questão importante para eles. Além disso, a reação dos filósofos não impediu Paulo de continuar a pregar e a compartilhar a verdade do evangelho, o que é um testemunho da sua coragem e determinação em proclamar o nome de Jesus. Ele tinha a posse dos melhores argumentos, estava de posse da verdade suprema, nada poderia deter sua pregação a não ser o próprio Deus,  e este  não era o caso naquele momento.

De acordo com o teólogo F.F. Bruce, Paulo estava demonstrando grande habilidade em sua pregação ao usar a cultura e a filosofia grega para apresentar o evangelho de uma forma que fizesse sentido para seus ouvintes. Bruce afirma que, ao falar sobre a ressurreição, Paulo estava desafiando diretamente as crenças dos Epicureus e Estoicos, que negavam a existência de uma vida após a morte.

William Barclay destaca que, embora os filósofos zombassem de Paulo, eles não o silenciaram. Na verdade, a zombaria dos filósofos serviu como um ponto de partida para Paulo continuar a pregar e a explicar a verdade do evangelho. Barclay afirma que a resposta de Paulo aos filósofos foi uma indicação de sua coragem e de sua convicção no poder do evangelho.

Ser usado por Deus, como foi Paulo, exige uma entrega total, uma confiança inabalável nas verdades reveladas, a certeza de que Deus está no controle das circunstâncias, mesmo quando somos menosprezados pelos nossos ouvintes. Quando argumentarmos sobre nossa fé, o Espírito Santo garantirá que nossas palavras sejam sábias e sensatas, mesmo que os  incrédulos não as reconheçam assim. Somos irrefutáveis argumentando na força do Espírito Santo.

Referências

F.F. Bruce. The Book of Acts: New International Commentary on the New Testament. Eerdmans, 1990.

William Barclay. The Acts of the Apostles: Daily Study Bible Series. Westminster John Knox Press, 1976.


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