Muitas são as versões do Antigo Testamento (AT) que chegaram
até nós. Os originais já se perderam, o que temos hoje são cópias de cópias. A
estas cópias damos o nome de arquétipos e quando existem vários arquétipos
iguais chamamos de testemunhas. Conheçamos então algumas destas testemunhas que
chegaram até nós.
Texto massorético:
Os Massoretas
(transmissores) introduziram um sistema completo de sinais vocálicos no texto
hebraicos. Eles criaram os sinais vocálicos e a pontuação (ou acentuação) que
foram adicionados ao texto consonantal. Os massoretas tiveram em atividade de
cerca de 500 d.C. até aproximadamente 1.000 d.C. E substituíram os antigos
escribas como guardiães do texto sagrado.
Papiros do Mar Morto:
Descobertos
em 1947 em cavernas em redor de Uádi Qumran a noroeste do Mar Morto. Os
manuscritos do Mar Morto remontam a cerca de 800 anos antes do texto
massorético. Os manuscritos bíblicos do mar Morto nos forneceram pela primeira
vez exemplares de textos hebraicos pertencentes aos tempos pré-cristãos, cerca
de mil anos mais antigos que os manuscritos mais antigos que possuíamos até
então; desta maneira, os papiros do mar Morto nos levam historicamente além da
alegada supressão de todos os textos divergentes no ano 100 d.C.
A Geniza do Cairo:
Descobertos
em 1890, na geniza da antiga sinagoga no Cairo. (Geniza era o depósito de rolos
não mais apropriados ao uso). Também foram encontradas fragmentos dos targuns e
da literatura rabínica. Estima-se que alguns manuscritos sejam anteriores ao
séc. IX d.C.
Pentateuco hebraico dos
Samaritanos:
Os samaritanos preservam uma
cópia do pentateuco hebraico. Conforme 2 Reis 17:24 e 24:15,16 os samaritanos
foram rejeitados como cooperadores na reedificação do templo de Jerusalém,
pelos judeus que retornavam do exílio sob a liderança de Esdras e Neemias. Isto
provocou o estabelecimento de um centro religioso samaritano separado. Dali por
diante o contato religioso e oficial entre as duas comunidades praticamente
cessaram, e o texto hebraico do pentateuco (que estava com os samaritanos)
passou a ser transmitido sem a interferência e colaboração de escribas judeus.
Targuns:
Tradução em
aramaico do AT hebraico. É uma tradução interpretativa, de algumas porções do
AT com o objetivo se servir os Judeus de língua aramaica.
Hexapla:
Criada por
Orígenes (182-254 d.C.) em 240 d.C. Era uma obra em 6 colunas (hexa) contendo:
1. Texto hebraico 2. Texto hebraico transliterado para o Grego 3. Tradução de
Aquila 4. Tradução do Símaco 5. LXX 6. Tradução de Teodocião.
LXX ou Septuaginta:
Mais
importante tradução grega do AT. Data do terceiro século antes de Cristo. No
reinado de Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.), seu bibliotecário Aristéias o
convenceu da necessidade da tradução das escrituras hebraicas em sua biblioteca
real. Para atender ao apelo, o sumo sacerdote de Jerusalém lhe enviou 72
anciãos de Alexandria com uma cópia oficial da lei. Ali em 72 dias concluíram a
tradução que foi então apresentada ao rei. Esta tradução beneficiou grandemente
os judeus de língua grega.
Versão Siríaca:
Após a LXX a
mais antiga e mais importante tradução das escrituras hebraicas. Usada pela
igreja na Síria desde o século nono da nossa era; é também conhecida como
pesita (tradução simples em siríaco).
Fonte:
Site http://cfteologia.com.br/cf/2018/03/01/textos-e-versoes-do-antigo-testamento/
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Dicionário da Bíblia – J.D. Douglas – Editora Vida Nova
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