O meu corpo estremece diante de ti; as tuas ordenanças
enchem-me de temor. Salmo 119.120
O salmista temia grandemente a santidade de Deus. Na
medida que se aproximava de Deus sentia pasmado, contraído diante da grandeza
da santidade do Senhor. A brancura inimitável de suas vestes, a vastidão de sua
sabedoria, a sua justiça pura e
perfeita. Diante de todos estes atributos não é de admirar que o salmista
estremeça. Sua carne sentia-se triturada
tamanho era seu temor.
Se somos cristãos, oramos diariamente e não nos
sentimos assim, assombrados diante da grandeza e perfeição da
justiça divina é porque não conhecemos
suficientemente a Deus para ter uma relação saudável com ele.
Sinal de que precisamos urgente de um renovo na nossa
vida espiritual. Precisamos novamente do
verdadeiro do temor. A Igreja precisa de novo aprender o temor do
Senhor. A intimidade com Deus não excluí o verdadeiro senso de temor, pelo
contrário, o aperfeiçoa e o eleva ao mais alto grau de intensidade.
Mas por que temer? O que nós devemos temer?
Quando nos aproximamos do Senhor percebemos o quão
indignos, miseráveis, negligentes somos. A grandeza do Senhor aparece a nós
como no Monte Sinai, onde Moisés subiu para receber as tábuas da Lei. Deus ali
despendia raios e trovões no meio das nuvens que cobriam o lugar.
Quanto mais nos aproximamos de Deus mais notamos a
impureza, a vaidade, a arrogância e todo tipo de pecado tenebroso que visita nossos corações diariamente, e isso
nos assusta!
Nosso pecado nos causa desconforto e medo.
Angustiamo-nos por sermos tão mesquinhos e displicentes em fazer a obra de
Cristo nesta terra. Nos sentimos como pó e cinza.
O Verdadeiro cristão deve temer a Deus e humilhar-se em
sua própria miséria e insignificância pecadora perante o Senhor
É o temor é o assombro diante da grandeza e da justiça
divina. Diante da nossa pecaminosidade que merece julgamento.
Não que sejamos julgados, sabemos que Cristo suportou
cada gota da ira divina que foi derramada na cruz do calvário. Suportou todo
este suplício por nossa causa.
O assombro diante da majestade do Senhor nos leva a gratidão por seu imenso amor, imensa graça e imerecido perdão. A humilhação de perceber que não somos nada sem a bendita graça de Cristo Jesus em nossas vidas. Essa é uma humilhação saudável. Assim como o
autor deste salmo, devemos ser conscientes da grandeza e da justiça divinas no mais alto grau de nosso entendimento.
Cheios de Temor e de Humilhação faremos nossa prece de
gratidão e nos empenharemos cada vez mais no serviço fiel e dedicado a nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.
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