Baixem
sobre mim as tuas misericórdias, para que eu viva; pois na tua lei está a minha
delícia. Salmo 119.77
O que
você entende quando ouve falar a palavra Bíblia? O que imagina ao enxergar uma? O que pensa quando um pastor ou pregador
faz a recomendação de que devemos ler mais a Bíblia?
É bom saber que, em
vários contextos a palavra lei pode ser traduzida também por instrução,
ensinamentos, ou seja, o conteúdo da Bíblia. O que vem à sua mente quando pensa nos
ensinamentos de Deus?
Poucas pessoas imaginariam a Palavra de Deus como um banquete bem servido. Mas é exatamente isso que o salmista acha que é a
instrução do Senhor. Ele enxerga a Instrução divina como uma delícia, uma mesa farta, servida com iguarias
saborosas que servem para saciar nossa fome e deleitar nosso paladar.
Usualmente inclui diversas entradas, pratos principais e sobremesas, a pessoa
que organiza e cobre os gastos de um banquete é chamada de anfitrião, neste caso, Deus é nosso anfitrião.
Neste
sentido temos um banquete, a Bíblia e também temos um anfitrião que nos serve a
Palavra, o próprio Espírito Santo.
Quando
abrimos a Palavra estamos diante de um banquete para a alma. A imagem que o
salmista nos traz e muito apropriada. Ele diz
"Baixem
sobre mim as tuas misericórdias para que eu viva."
Ali
está o salmista , ele está preocupado ,
ele está em perigo, ele deseja que Deus o preserve com vida, ele clama pela
misericórdia divina. Mas o que ele precisa? Que perigo ele corre, que riscos
sua vida está enfrentando? Do que está precisando?
Lendo o
restante do versículo percebemos de que ele tem necessidade, de que ele
precisa, o que o Senhor necessita supri-lo para que ele se mantenha vivo: Ele
anseia pela instrução de Deus, anseia ser edificado pela Palavra. Sem ela, o salmista morreria de inanição espiritual. Fome de ser ensinado. Podemos ler o salmo 119.77 como:
"Senhor
dá-me a tua deliciosa Palavra para que eu possa viver!"
"Senhor
usa de misericórdia comigo , eu preciso da tua maravilhosa instrução, eu tenho
prazer nela, ela me satisfaz!"
O
próprio Cristo faz uma símile entre a comida terrena e a comida da alma,
ele afirma em Mateus 4. 4:
Jesus,
porém, afirmou-lhe: “Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus’”.
Assim
como a alma do salmista precisa das delícias da instrução divina , a alma do
crente atualmente também necessita de um delicioso banquete de instrução da
Palavra.
Imagino-me
servido esplendidamente das melhores iguarias: à mesa estou sentado, garfo e
faca na mão, guardanapo no pescoço e uma
fome imensurável no estômago. Ali os olhos brilham diante dos deliciosos pratos
ali servidos. Que fome! E quanto há de coisas saborosas para experimentar!
Não é
diferente na exposição das Escrituras. Eu mesmo, quando me assento para ouvir a
exposição séria, competente e inspirada
da Bíblia por um irmão, estou servido num banquete. Com um cardápio
delicioso. E que cardápio variadíssimo,
saborosíssimo! Um pregador abre a Bíblia
em Reis, outro escolhe Salmos, um escolhe algo mais temperado como
Gálatas, Sofonias. Outro escolhe algo mais
suave como um Cantares ou o Evangelho de João. Há ainda os que preferem
servir de sobremesa Provérbios, que é
tão saboroso quanto os outros cardápios. Neste maravilhoso banquete servido pelo Espirito Santo há sempre alimento fresquinho
e saboroso para nossa alma. O Espirito de Deus, maravilhoso
"cozinheiro " sempre prepara as refeições na hora, usando sempre os
mesmos 66 ingredientes, mas a comida sai sempre diferente e saborosa, servindo para alimentar nosso espírito.
Deus é
misericordioso e nos preparou este maravilhoso alimento para nossa alma, e nos dotou de prazer para apreciá-lo. É imperioso pois que desfrutemos dele.
Se não
nos alimentarmos da Palavra nossa alma morrerá a míngua, de fome e seremos
derrotados pelos nossos adversários. Já comeu seu banquete hoje?
Não?
Então abra sua Bíblia agora
e mate sua fome espiritual.Não?
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