Abomino e detesto a mentira; porém amo a tua lei. Salmos 119.163
Todos nós mentimos, cada vez mais e com maior frequência. A mentira é uma prática comum na sociedade atual, onde a verdade é relativizada e a honestidade é vista como uma fraqueza. Em nenhuma época estivemos imunes ao poder de sedução da mentira, mas em nossos dias as coisas estão fora de controle neste sentido. Mentir é uma banalidade.
As estatísticas mostram que mentimos com
frequência e sem nenhum remorso, o que indica uma degeneração moral sem
precedentes. A mentira pode ter várias causas, mas nenhuma delas justifica a
sua prática. O medo, a insegurança, pressão externa, ganhos e vantagens ou
razões patológicas. Nenhuma delas pode justificar a falsidade, mas
explicam. As estatísticas nos mostram que mentimos cerca de 200
vezes por dia e em média uma vez a cada 5 minutos. As mentiras podem variar de
falsos elogios até desculpas esfarrapadas e mentiras descaradas.
É importante ressaltar que a mentira pode ser
aprendida desde a infância, onde as crianças muitas vezes mentem para se
isentar de culpa, e muitos adolescentes descobrem que mentir pode ajudá-los a
ser aceitos pelos colegas. Algumas crianças podem cair no vício de mentir
repetidamente. Isso já está introjetado na raiz da sociedade contemporânea.
Infelizmente, a tendência de banalizar ou catalogar a mentira como positiva tem
se espalhado. No entanto, a história da humanidade mostra que a mentira causou
muito sofrimento e fez derramar muitas lágrimas.
Neste texto percebemos a visão do
salmista em relação à verdade e como ele considera a importante a lei divina
para alcançá-la. A verdade não se limita apenas à crença, mas também ao
comportamento que deve ser orientado pela observância da lei divina. O salmista
amava a verdade, por isso a buscava onde poderia ser achada em sua plenitude. A
sabedoria e o entendimento fornecidos pela lei divina são fundamentais para
alcançar a verdade e a retidão na vida.
O salmo 119 expressa a devoção pessoal do salmista
à lei divina como um guia para a vida moral e espiritual. O salmista
reconhecia a importância da sabedoria e do entendimento que a lei divina
proporcionava para alcançar a verdade. Como afirma Santo Agostinho, um dos pais da igreja, "a verdade é luz, e a luz é Deus". Para o
salmista, a lei divina era a fonte da verdade, pois ele acreditava que ela era
a palavra de Deus revelada aos seres humanos.
Além disto, a Bíblia destaca a importância da
verdade e a gravidade da mentira em diversas passagens. Por exemplo, Provérbios
12.22 enfatiza que os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, enquanto os
que praticam a verdade são o Seu deleite. Em Efésios 4.25, encontramos a
exortação para falar a verdade com o próximo, pois somos membros uns dos
outros. Essa passagem mostra que a mentira não apenas desagrada a Deus, mas
também prejudica os relacionamentos interpessoais. Além disso, João 8.32
destaca que a verdade nos liberta das mentiras e da escravidão espiritual.
Essas passagens, entre muitas outras, evidenciam
que a verdade é essencial para a nossa relação com Deus e com as outras
pessoas. A verdade é um valor fundamental para Deus, e devemos nos esforçar
para sermos honestos em todas as áreas de nossas vidas. Ela não é apenas
uma virtude moral, mas algo que nos liberta das mentiras e da escravidão
espiritual. Por isso, devemos valorizar a verdade e praticá-la em nossas vidas
diárias.
O Salmo 119.163 é uma expressão pessoal de amor à
lei divina e à importância da verdade, independentemente das influências
culturais externas. Se a sociedade mente e banaliza a mentira, eu não devo me
acostumar a isso, de modo algum. A lei divina é guia para a vida moral e
espiritual, permitindo que os seres humanos vivam em conformidade com a vontade
de Deus e encontrem significado e propósito em suas vidas.
Comentários
Que Cristo vos conceda sua graça.
Atenciosamente,
Vitor Germano da Silva Oliveira