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Riquezas mal adquiridas.Miqueias 2.6-13

 


Não há dinheiro, bens, patrimônio, enfim, nada que possa garantir que o homem poderá atingir a felicidade. Mas, em geral, o dinheiro é muito importante para vivermos uma vida digna e feliz aqui nesta terra. Porém, quando há a aquisição de bens, riquezas materiais ou qualquer outra coisa associada com o mal, é certo que a bênção de Deus não estará na vida dos envolvidos.

 Neste trecho, o profeta Miqueias profere uma pesada denúncia contra os líderes e governantes de Israel, que se tornaram símbolos de ganância, opressão e injustiça. Inspirado pelo Espírito de Deus, levanta sua voz contra esses abusos, advertindo que a ira do Senhor está prestes a se manifestar devido à conduta perversa desses líderes. O princípio que orienta essa mensagem profética é claro: a busca pela riqueza à custa da exploração dos necessitados é condenada severamente por Deus.

 No versículo 6, Miqueias descreve os atos dos líderes que acumulam riquezas por meio da opressão dos pobres. Em vez de cuidar do povo sob sua responsabilidade, exploram os mais vulneráveis, tomando suas terras e expulsando famílias de suas casas. Esse tipo de comportamento está em direta oposição ao mandamento bíblico de cuidar dos pobres e necessitados, como expressado em Deuteronômio 15:11, onde Deus ordena: "Porque nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno, dizendo: livremente abrirás a tua mão ao teu irmão, ao teu necessitado e ao teu pobre na tua terra." A avareza e a injustiça  dos governantes refletem o coração endurecido contra o mandamento divino. 

No versículo 7, o profeta  aponta a rejeição flagrante dos líderes à palavra de Deus. Eles se recusam a ouvir as advertências dos profetas, preferindo seguir seus próprios desejos e interesses egoístas. A zombaria dirigida aos profetas revela sua resistência à verdade de Deus. Esse desprezo pela palavra profética encontra eco em outros textos bíblicos, como em 2 Crônicas 36:16, onde é dito: "Eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as suas palavras e escarneceram dos seus profetas, até que a ira do Senhor subiu contra o seu povo, e não houve remédio." A rejeição da correção divina é um caminho certo para a destruição.

Nos versículos 8 e 9, Miqueias continua sua denúncia, alertando que a destruição está se aproximando para aqueles que vivem no luxo às custas dos pobres. Esses líderes exploram, roubam e enganam, acumulando bens materiais, enquanto ignoram a miséria que infligem. A condenação divina sobre eles é inevitável, pois, como ensinado em Provérbios 22:22-23: "Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas na porta o aflito, porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo e tirará a vida aos que os despojam." Deus está ativamente do lado dos oprimidos, e Ele é descrito como seu defensor justo.

Nos versículos 10 e 11, Miqueias se volta contra aqueles que tentam silenciar os profetas, rejeitando suas palavras de advertência. Esses líderes estão agindo contra a vontade de Deus e enfrentam consequências graves. Este comportamento ecoa o aviso de Isaías 5:20: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" 

 No versículo 12, Miqueias conclama os líderes de Israel a abandonarem seus caminhos egoístas e a agirem com justiça e retidão, como requerido pela aliança com Deus. O Senhor sempre prometeu recompensar aqueles que obedecem aos Seus mandamentos e seguem Seus preceitos, conforme demonstrado em Salmos 37:28: "Porque o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos." Deus anseia por líderes que reflitam Sua justiça, e não Sua condenação.

 No versículo 13, Miqueias relembra o papel de Deus como o verdadeiro líder e salvador de Israel. Mesmo diante da opressão, Deus promete restaurar Seu povo e libertá-lo de seus inimigos. Essa promessa de libertação e restauração aponta para o caráter redentor de Deus, como visto em outros textos proféticos, incluindo Isaías 61:1: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos." O reinado justo de Deus trará paz e segurança ao Seu povo.

Nossa lição é clara nesta passagem, a busca por riqueza e poder à custa dos vulneráveis nunca ficará impune perante Deus. Em toda a Bíblia, vemos a reafirmação de que Deus exige justiça, misericórdia e humildade (Miqueias 6:8). Ele é o defensor dos fracos e o juiz dos opressores, e aqueles que rejeitam Suas advertências enfrentarão Seu julgamento.

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