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Bondade. Série Fruto do Espírito. 1 Tessalonicenses 5.15


Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos.
1 Tessalonicenses 5.15

 A bondade é uma das características do fruto do Espírito, listadas em Gálatas 5.22, e nesta série estamos analisando cada uma delas. Paulo nos recomenda, no texto de Tessalonicenses, a agir com bondade para com todos e não retribuir o mal. Mas, afinal, o que é a bondade? 

O dicionário nos dá uma definição vaga e empurra a questão para adiante, levando-nos a pensar no que é bom e nobre. A Bíblia afirma que Deus é bom, mas o que isso significa? Seria fazer o bem? Mas o que é o bem? 

Além das diversas definições que podem ser encontradas sobre bondade, também existe a perspectiva de Aristóteles sobre esse conceito. Para ele, a bondade é uma disposição de caráter que leva o indivíduo a buscar o equilíbrio entre os excessos e as deficiências nas suas ações, tendo como objetivo o bem comum. Dessa forma, ser bom não é apenas fazer o bem, mas agir de maneira moderada e justa, buscando sempre o equilíbrio. No entanto, mesmo com essa concepção, a definição de bondade continua sendo um tema complexo e de difícil compreensão. 

Não temos capacidade de decidir o que é bondade de uma maneira apropriada. Para uma criança, o pai faz o bem quando não a castiga, mas ao não castigá-la, ele contribui para que ela torne-se uma pessoa de más atitudes e sofra no futuro. Pessoas mais velhas e bem intencionadas também podem cometer erros e praticar coisas absurdas. 

Seria a bondade encontrada na inteligência? Mas uma pessoa inteligente pode agir com astúcia para benefício próprio, e isso não é sempre uma atitude bondosa. Seria a bondade encontrada em pessoas maduras, inteligentes e altruístas? Mas facilitar as coisas para outras pessoas ou dar a elas o que elas querem nem sempre é a atitude mais bondosa. 

A Bíblia padroniza o que é ser bom. No livro de Tiago, lemos que a bondade é a sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e bons frutos, imparcial e sincera. Quando buscamos essa sabedoria e nos aproximamos de Deus, somos capazes de agir com verdadeira bondade para com todos. 

Vamos resumir a conversa: A Bíblia estabelece um padrão de bondade que não é difícil de compreender. Tiago 1.17 nos ensina que toda boa dádiva e todo dom perfeito vem de Deus, que é o nosso modelo de bondade. Sem Ele como referência, não saberíamos o que é a verdadeira bondade. 

Mas vamos aprofundar um pouco mais. Jesus, como o próprio Deus encarnado, é o exemplo supremo de bondade. Sua vida na terra foi um modelo perfeito de amor, justiça, tolerância e generosidade. Ele nunca agiu em excesso nem em falta, sempre agindo com a medida exata de bondade divina. Pedro foi consolado, Judas foi avisado e todos aqueles que estiveram com Cristo experimentaram a bondade perfeita. 

No entanto, a bondade não é o que muitas vezes a sociedade apresenta: não é uma tolerância cega, nem uma paciência falsa, nem uma humildade forçada. Em vez disso, retribuir o mal com bondade é o oposto de revidar com mal. Jesus nunca respondeu ao mal com mais mal; ao contrário, perdoou aqueles que o injuriaram. 

À luz da nossa reflexão, compreendemos que a virtude de ser bom está intrinsecamente associada a seguir os passos de Cristo, o que exige uma força sobre-humana e uma orientação incessante do Espírito Santo em nossas vida. Ser bom não é uma tarefa simples, todavia, é a decisão acertada a fim de seguir o modelo sublime de bondade divina.

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