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É preciso amar e depois obedecer . João 14.21








Quem tem os Meus mandamentos e os obedece esse é o que Me ama. João 14.21


As máquinas jamais poderão obedecer a Deus.  Uma máquina não teria condições de obedecer a  Deus. Para entender o motivo disso precisamos  considerar exatamente o que é obediência.

Em resumo, a obediência seria o ato pelo qual alguém se conforma com ordens recebidas. E para isto, é preciso que a pessoa se disponha a aceitar a autoridade de alguém ou de alguma instituição. Há como obedecer aos pais, às leis, aos chefes, ao policial de trânsito, etc.

Só obedecemos porque aceitamos que existe uma autoridade que disciplina uma determinada circunstância da vida. As pessoas obedecem por saberem que isso é a melhor coisa a ser feita, sob o risco de punições, castigos ou mesmo repreensões. A maior parte das pessoas obedece por medo. Mas há algumas poucas que obedecem por amor.

As máquinas não podem obedecer, pois elas não tem medo, muito menos sentem amor.  Quando um carro liga o ele não está obedecendo propriamente ao condutor, ele apenas responde ao toque no acelerador. Ele não teme nem ama o motorista.

Alguém diria: "As máquinas são precisas e obedientes, elas obviamente conseguem obedecer com eficiência, com um desempenho muito superior ao melhor ser humano."

As máquinas são previsíveis, você clica num botão e (se tudo estiver funcionando normalmente) o comando é executado. Neste sentido elas são absolutamente "obedientes". Uma televisão não vai dizer para você que está irritada e que hoje não quer ligar. Um computador não vai se negar a tocar uma música que você escolheu ( a menos que ele esteja com defeito).

Máquinas funcionando normalmente obedecem ao natural. Elas não são feitas para questionarem nossa autoridade. Você as comanda porque foram feitas para serem comandadas.

Máquinas porém,  por mais sofisticadas e evoluídas que estejam, não pensam, não elaboram, não dão sentido nem significados às coisas; Para uma máquina, resolver o cálculo que faz uma bomba atômica (feita para ceifar vidas) é a mesma coisa que resolver cálculos num laboratório que fabrica remédios (feitos para salvar vidas). A inteligência viva não é uma máquina de cálculos.  Os humanos tem consciência,  e sabem de suas próprias necessidades e capacidades, sabendo relacionar isso à existência de outras pessoas semelhantes a si.   

Numa experiência mental, tente imaginar uma máquina programada para obedecer o Sermão do Monte. Você lembra dele?  Vamos analisar somente este trecho abaixo para demonstrar meu ponto.   


 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo’ e odeie o seu inimigo. Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos  e orem por quem os persegue.  Desse modo, vocês agirão como verdadeiros filhos de seu Pai, que está no céu. Pois ele dá a luz do sol tanto a maus como a bons e faz chover tanto sobre justos como injustos.  Se amarem apenas aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os cobradores de impostos fazem o mesmo. Se cumprimentarem apenas seus amigos, que estarão fazendo de mais? Até os gentios fazem isso. Portanto, sejam perfeitos, como perfeito é seu Pai celestial.” 
 NVT Mateus 5 . 43-48

Uma máquina jamais conseguiria obedecer a estes preceitos. Porque ela não consegue identificar com precisão alguns conceitos importantes.  O que seria o INIMIGO de uma máquina? Ou o AMIGO. O que seria JUSTO e  o INJUSTO? O que seria então ser PERFEITO? E por último, quem é o PAI CELESTIAL? Como descrevê-lo?  Não são questões fáceis de responder. Parando um pouco para pensar, fica difícil até para um professor de Bíblia definir com clareza cada um destes conceitos de modo satisfatório, e isso parece tornar a obediência a Deus extremamente complicada.  

O que eu desejo destacar é a importância do relacionamento para a correta  obediência de Deus. Na verdade, ninguém por mais estudioso e interessado que seja, não discerne as divinas instruções de modo natural.  

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.  Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.

 I Co. 2.14-16

É só através do relacionamento e da intimidade que os preceitos divinos farão sentido para nós. É impossível para uma máquina se relacionar, ela foi feita para obedecer e não para amar. Ela não saberá relacionar o desejo de Deus à sua realidade objetiva, porque para entender o coração de Deus é preciso estar ligado ao coração de Cristo.  Jesus mesmo afirma em João 15.5: "Sem mim nada podeis fazer". Somente na comunhão com Cristo, através do Espírito Santo é que os mandamentos divinos farão sentido pleno para nossa caminhada diária. Sem ele, os mandamentos serão penosos e difíceis e o  homem não poderá  compreendê-los, aceitá-los, e  praticá-los.

Deus nos criou para amá-lo e obedecê-lo. Nesta ordem.  O amor gera relacionamento, esse por sua vez gera condições para uma obediência amorosa. As pessoas se enganam tentando gerar obediência sem amor. Obediência sem amor gera o legalismo. Que é uma tentativa de comprar a Deus por meio do cumprimento de regras e preceitos. Estas pessoas invertem as coisas. É preciso primeiro amar e depois obedecer.

Nós não somos máquinas. Somos feitos em Cristo, novas criaturas, capazes de amar, de compreender e também de obedecer. Assim como o Filho obedeceu ao Pai, nós também conseguiremos obedecer a Deus. Mas isso somente com ajuda do Espírito Santo. A vida cristã depende do nosso Consolador, do início ao fim. Desta forma o relacionamento pessoal com a Terceira Pessoa da Trindade  torna-se o caminho para entendermos e amarmos ao Senhor de todo coração, de toda nossa alma e de todo nosso entendimento.

 

Quem tem os Meus mandamentos e os obedece esse é o que Me ama. João 14.21

 


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