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Eternidade e a finitude. Salmo 119.152





Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para eternidade. Salmo 119.152

O substantivo eternidade significa um tempo indefinido e não sem fim. 
Há coisas finitas e coisas eternas. Há mais facilidade de entendermos as coisas que findam das que são eternas.


Vamos primeiro às coisas finitas

Nós, pessoas humanas, somos finitos. As coisas, objetos, são finitos, tem uma duração, um tempo de utilidade, depois disso perdem sua utilidade, ou se quebram e jogamos fora, ou  então nos desfazemos deles. Um anel ou aliança, ou objeto de estimação pode durar mais, mesmo assim eles não são eternos. 
Não nos importa falar de objetos. Os objetos não são necessariamente  valiosos, só são quando nos remetem às pessoas. Essas sim são preciosas para nós.As pessoas sim, deveriam ser eternas, pois o  fato delas  serem mortais é dilacerador, é doloroso demais. Especialmente  cônjuge pais, irmãos, amigos. Nós, seres humanos também deveríamos ser eternos, pelo menos é o que todos nós queremos (ou a maioria).Muitos pagam caríssimo por uma cirurgia plástica, muitos se acumulam de excessivos  exercícios, não só pela saúde, mas para permanecerem eternamente, como se isso fosse possível.Não somos imperecíveis, este corpo vai acabar, envelhecer e morrer (alguns nem envelhecem). 

A realidade de que acabaremos é desoladora.Nossos bens, nossas conquistas, nossos maiores desejos, tudo findará conosco e isso parece  sombrio. Mas também pensamos que as lutas e dissabores da jornada também findarão e isso é desejável.O famoso poeta grego Sófocles já dizia: 

“… Nada dura para sempre: nem a noite estrelada, nem as desgraças, nem a riqueza; tudo isso um dia vai acabar”.

Apesar disso, essa finitude não é algo agradável de se pensar, nem mesmo ao maior sofredor daqui. A morte (e a possibilidade da morte) nos aflige extremamente. Ela é o fim supremo da existência, a inevitável algoz que por fim nos alcançará, não importa a velocidade com que fujamos dela. Ela nos parece dura, fria e monstruosa; algo que por fim nos vencerá, não importa o esforço que façamos. E isso nos leva a certeza da perda final, de que todo esforço é vão, toda conquista é fugaz, impermanente.

O que nós desejamos aqui mesmo é vida eterna, não qualquer tipo de vida, algo comum com todas as dores e lamentos naturais. Queremos algo novo,  uma vida cheia de alegria e paz, cheia de satisfação e significado. Nós queremos uma vida que não nos parece  possível. E queremos que esta vida, seja além de tudo,  eterna;

O salmista sabia muito bem que a vida era curta, e que o melhor dos dias, a melhor e mais duradoura alegria, um momento findaria aqui. Porém, não se ouve lamento por causa disso em todo o salmo 119, e aqui, no versículo 152  nos aponta para a eternidade de algo.

Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para eternidade.


Vamos falar então das coisas eternas

Os preceitos divinos são eternos, não tem fim. Ora, se eles são eternos tudo que está contido nestes preceitos se cumprirá, todas as promessas permanecem de pé. Elas são imperecíveis. Se Deus, através de sua Palavra nos promete uma vida eterna de gozo e alegria então a teremos.
A boa notícia é que podemos tê-la. O salmista tinha. 
Outro salmo nos aponta a confiança do seu autor na eternidade da vida:

Eu te exaltarei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.
Salmos 145.1 

Os antigos hebreus, autores dos salmos, conheciam a verdade da vida eterna do que serve a Deus. Aquele que vive a louvar e a bendizer ao Senhor encontrou o caminho da eternidade e já não vive angustiado sob o poder da realidade da morte. Quando esta vida terrena findar, o portal da eternidade irá se abrir e receber o fiel nas mansões celestiais, onde ele habitará para sempre, louvando e se alegrando no Senhor.
A vida para ser eterna, precisa ser transformada, redimida, limpa da miséria do pecado que jaz em toda nossa estrutura humana. Precisamos do auxílio do Espírito Santo, nos renovando através da Palavra do Senhor, diariamente trabalhando em nós, para que um dia possamos ter este corpo perecível transformado num imperecível.
Para nós também, os que cremos na Palavra de Deus a angústia da morte não terá poder. Estamos convictos da promessa do Senhor, nosso Salvador Jesus.

E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
1 João 2.25

Baseados na eternidade da Palavra, sabemos que os que amam o Senhor, autor da Palavra, com certeza também viverão eternamente. Essa segurança advém da perenidade das promessas dessa mesma Palavra.  
Os que confiam no Cristo da Palavra devem então se jubilar em sua eternidade. 

Comentários

Unknown disse…
Excelente reflexão sobre a finitude das coisas e a gloriosa esperança que temos em Cristo para a era vindoura! Deus o abençoe.
Obrigado pelo comentário.Volte sempre.

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