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Humildade e simplicidade radicais. Lucas 18:9-17



Simplicidade e humildade são apenas palavras bonitas, que as pessoas gostam de escutar a respeito dos outros. Na prática ocorre a valorização da grandiosidade, da sofisticação e da arrogância. Chamar alguém de simples pode soar como uma ofensa para a maioria das pessoas atualmente. Seria  como dizer: " você não é sofisticado, não tem classe". Chamar alguém de humilde,  significa, para grande parte das pessoas, alguém pobre financeiramente. Ou ainda alguém fraco de opinião, uma pessoa frágil. Por isso, ninguém quer ser humilde nem simples. Acontece que as pessoas estão enganadas. E se hoje em dia ser simples e humilde não vale muita coisa, para Jesus essas são qualidades essenciais.
Para explicar melhor isso, vamos tratar agora da Parábola do Publicano e do Fariseu. Um ensino impactante sobre o poder da humildade.

Esse é um relato bíblico de grande importância, no decorrer da história cristã. A Igreja Ortodoxa Oriental, no "Domingo do Publicano e do Fariseu", comemora a parábola e dá início à temporada de três semanas antes da Grande Quaresma Ortodoxa. O escritor e pregador inglês John Bunyan  também escreveu um livro sobre esta parábola em 1685.
Por que deveríamos nós menosprezar o ensinamento desta parábola, sendo que nossos predecessores não o fizeram? Não devemos esquecer o valor deste ensino precioso de Jesus, ele serve muito bem para nossos dias.

Lucas 18:9-17

9 Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
15 E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos.
16 Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
17 Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.
9 Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
15 E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos.
16 Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
17 Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.


(9) Há muitos que confiam mais em si mesmos do que no poder de Deus. Estes não conseguem enxergar suas inúmeras fraquezas e, por isso, se acham superiores aos outros, como se fossem mais dignos da atenção de Cristo. Este e

(9) Há muitos que confiam mais em si mesmos do que no poder de Deus. Estes não conseguem enxergar suas inúmeras fraquezas e, por isso, se acham superiores aos outros, como se fossem mais dignos da atenção de Cristo. Este ensino irá desmascarar a falsa religiosidade.

(10) Duas figuras nitidamente distintas foram usadas para ilustrar a grande diferença das orações e como estas foram recebidas por Deus. Ambos eram opostos em tudo, vamos entender um pouco sobre eles.

O Fariseu ↪ eles, não somente aceitavam a lei de Moisés, interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés. Eles eram especialistas , que conheciam muito bem e interpretavam a lei. Eram reconhecidos como autoridades entre o povo.Jesus várias vezes os considera como exemplos de hipocrisia religiosa, apesar de toda sua representatividade perante o povo judeu.

O Publicano ↪  Os publicanos eram desprezados por serem judeus que trabalhavam cobrando seu próprio povo em favor do império Romano. Além disso, era comum que  praticassem a extorsão, cobrando mais do que deveriam, isso tudo com a conivência do império romano. Desta forma, eles representavam o sistema romano que privilegiava as pessoas ricas e oprimia as mais pobres. Os publicanos eram normalmente malquistos como pessoas muito corruptas e inescrupulosas. E cruéis,  eles tinham como obrigação desapropriar casas e transformar devedores (judeus) em escravos. Hoje eles seriam comparados a classe política no Brasil, dado que em nosso país normalmente a palavra "política" é sinônimo de corrupção.


(11,12) O procedimento do fariseu é terrível, ele se mostra vazio de amor e de piedade, e cheio de vaidade e egoísmo. Sua oração é rebuscada e cheia de autoexaltação, talvez para esconder suas reais intenções. Os fariseus, instituíram a segunda-feira e a quinta-feira como dias de jejum. Deste modo, eles iam além da prescrição da lei, que ordenava um dia por ano de jejum obrigatório. Eles eram exibicionistas, gostavam de serem reconhecidos pelo povo. Mas de que adiante orar , jejuar, praticar atos de justiça e dizimar se o coração anda cheio de orgulho?
Esse fariseu  ainda buscava comparar-se com os outros. Pior, ainda, ele transparece seu desprezo pelos seus irmãos judeus, na própria oração, demonstrando assim todo seu desconhecimento sobre a pessoa de Deus. É certo que Deus despreza a oração dos arrogantes.


(13) A oração do publicano porém, era sincera e realista, cheia de arrependimento. Ele sabia que não era alguém digno de misericórdia, sabia que estava cumulado de pecados e por isso não ousava sequer levantar os olhos para cima. Ele não se coloca no meio do templo, mas ficava de longe, precisando que apenas Deus o visse. Ali ele derramava sua alma perante o Senhor, com aflição, batendo no peito, em sinal de angústia e aflição. Ele estava buscando a misericórdia de Deus. Será que ele tinha certeza de que alcançaria?
Creio que sim, por que ele se dispôs a ir ao templo orar em busca de seu perdão. Ele confiou que lá ele alcançaria misericórdia. E não se enganou, pois o próprio Cristo informa que ele desceu justificado dali.


( 14) Aqui Jesus explica que a graça de Deus é derramada apenas ao coração humilde, que reconhece suas necessidades e fraquezas. O publicano por isso desceu justificado, perdoado. Ele alcançou seu objetivo. Que tristeza para o fariseu, que fez todo aquele esforço, separou o dízimo, jejuou, se empenhou na caridade e mesmo assim não desceu justificado. Isso porque não é, e nunca foi, pelos nosso próprios méritos que alcançamos o divino perdão, mas sim, exclusivamente pela graça. O fariseu perante Deus era um grande perdido, e o publicano era um pequeno e pobre perdoado.


( 15 - 17 ) Aqui nos deparamos com o encerrar magistral do ensino desta  parábola. As simples e pequenas crianças são colocadas aos pés de Jesus para receberem sua bênção. Os discípulos se empenham em retirá-las, pois não imaginavam que alguém tão importante como Jesus, o Cristo Filho de Deus, haveria de dar importância para elas. Na sua mente, Jesus tem coisas mais importantes para fazer, incluindo gastar tempo com eles, seus seguidores, que precisavam ser ensinados. Parece que eles não entenderam suficientemente a parábola recém ouvida. Jesus porém os impede de cometerem tamanha ignorância retirando os pequeninos de perto dele. Ele afirma que aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, jamais terá acesso a ele. Com certeza estas palavras caem como uma bomba nos ouvidos dos discípulos. Essas são palavras do Filho de Deus. Jesus tem muito a nos ensinar a respeito de que tipo de coração devemos ter. Devemos aprender a simplicidade das crianças, a singeleza, a ousadia. Elas não tiveram receio de se achegarem a Cristo, elas o amavam. E nós também devemos aprender os ensinos de Jesus com simplicidade e humildade radicais, prontos a obedecer.






Fontes:

Dic. Da Bíblia John Davis

https://vivos.com.br/fariseus-quem-sao/

https://issoegrego.com.br/2018/05/10/quem-eram-os-publicanos/




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