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A batalha pela fé. Comentário no livro de Judas

 

 

Um pequeno grande livro. Enfático, propositivo Judas não usa de meias palavras, vai direto ao ponto. Vamos fazer uma análise panorâmica do livro de Judas, destacando a essência da carta que trata sobre a batalha da  fé. 

Este documento  representa um esforço doutrinário para que os falsos mestres ficassem  avisados das terríveis condenações que os aguardavam. O autor da carta empenha-se numa luta pessoal contra os falsos ensinos e espera que a Igreja, recebendo a carta, reaja com a mesma energia.

 1 Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo:

A maioria dos estudiosos acredita que o autor desta carta  foi  Judas, meio irmão de Jesus, embora haja vozes dissonantes entre especialistas.   

Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago,

Considera-se que Jesus tinha irmãos e irmãs, baseado nos Evangelhos de Hebreus, em Marcos 6:3. e Mateus 13:55-56.   Os evangelhos canônicos nomeiam quatro irmãos, mas apenas Tiago, é conhecido historicamente. Judas, primeiro se apresenta como SERVO DE JESUS CRISTO, um título de todos os cristãos, e após isso  se apresenta simplesmente como IRMÃO DE TIAGO. Era costume da época que as pessoas usassem o pai como referência (assim como temos o sobrenome hoje), mas Judas utiliza Tiago, seu irmão. Sem dúvida ele  era bastante conhecido, pois foi usado como referência. As evidências apontam que Tiago, neste período era Bispo de Jerusalém.

 

aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo:

Três condições específicas dos leitores da carta:

CHAMADOS - Escolhidos, habilitados pelo Espírito para fazerem parte de um novo povo, para terem uma nova vida. Estes são os separados do mundo: a Igreja.

AMADOS - Estes mesmos são habilitados por Deus para serem alvo do seu amor.

GUARDADOS - Cristo é o responsável direto pela proteção dos salvos. É interessante destacar que eles não são guardados POR, mas sim EM JESUS, estabelecendo uma relação especial de comunhão.

 

2 Misericórdia, paz e amor vos sejam multiplicados.

Mais três elementos. Misericórdia, paz e amor. Todos eles fundamentais para manutenção de um bom e justo testemunho de vida cristã. 

3 Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos.

 Esse é o versículo central deste  livro. Prestemos a atenção no que ele nos indica.

 

AMADOS

É relevante notarmos o tratamento amoroso e fraternal que o autor dispensa aos leitores da carta. Ele está  escrevendo para pessoas pelo qual ele sente verdadeiro afeto e por isso se importa tanto com eles.

 

Empregava  toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação

Judas estava preparando uma carta  com todo cuidado para que fosse entregue como uma provisão divina para aquele povo. Ele estava escrevendo sobre a salvação, uma epístola com doutrina.

 

senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos

O  escritor  percebeu que existia uma necessidade urgente naquele local ( como ele descobriu isso não conseguimos imaginar). Ele precisava agir com firmeza, não poderia usar o tom  simples de uma conversa sobre a doutrina da salvação. Ali lhe seria requerido um outro tipo de conversa, mais forte, temperada.

 

exortando-vos a pelejar pela fé

Ele precisava exortar, ou seja , encorajar o povo a permanecer na fé que eles receberam no princípio.  E não somente permanecer, mas pelejar pela doutrina pura da salvação mediante a fé. Judas não esperava uma atitude passiva da Igreja, mas sim uma atitude ativa e objetiva para expulsar os falsos mestres.

 

4 Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

 

se introduziram furtivamente certos homens

Aqui está o motivo urgente da sua mudança de foco na carta. Embora não saibamos como ele veio a saber, sabemos o que ele veio a descobrir. A introdução de  homens maus, hereges, de maneira sorrateira na Igreja. Eles não entraram fazendo estardalhaço, não alarmaram sua chegada,  mas foram sutis na suas observações, talvez querendo conquistar o coração da Igreja. Eram astutos e mal intencionados.

 

que já desde há muito estavam destinados para este juízo,

Judas não se enganava, sabia que Deus já tinha preparado tais homens para provar a Igreja, mas também sabia que a condenação já estava marcada no calendário do Senhor e não falharia.

 

homens ímpios,

Estes eram homens cheios de pecados e estavam prestes a serem condenados. Eles ensinavam duas coisas  extremamente perigosas, doutrinas de demônios como Judas dirá mais adiante. Quais seriam tais ensinos:

 

que convertem em dissolução a graça de nosso Deus

 O primeiro ensino pernicioso: convertem a doutrina da graça em dissolução. Dissolução é tudo que envolve exageros carnais, como bebedeira, glutonaria, orgias, promiscuidades. Eles ensinavam que a graça de Deus nos dá liberdade irrestrita para pecar. O termo usado hoje em dia para este tipo de ensino é o Antinomianismo, sistema que nega a responsabilidade ensinando que o pecador pode ser salvo pela graça e depois  viver imoralmente em todos os pecados. O filho genuíno de Deus deseja ficar longe destas duas rochas enquanto navega pelo mar da vida.

 

negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

A segunda heresia era a negação de Jesus Cristo como Filho de Deus. Essa era uma heresia já combatida por Paulo na carta aos Colossenses, por João nas suas três epístolas e  no livro de Hebreus. Essa negação destruía a  cerne do cristianismo, tornando nulo todas as outras doutrinas.

 

5 Ora, quero lembrar-vos, se bem que já de uma vez para sempre soubestes tudo isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram;

Judas agora está fazendo uma séria advertência, com base na história do povo hebreu, sobre o perigo da incredulidade. Ele vai dar exemplos de impenitência. O primeiro exemplo é a punição de Israel. As punições aos incrédulos foram severas para Israel e seriam tão severas quanto para os incrédulos daquele momento. Deus puniu diversas vezes o povo no período dos juízes e depois, por sua teimosia, os levou para o exílio, onde foram escravos por 70 anos.

 

6 aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia,

Outro exemplo nos é oferecido. Os anjos que se afastaram da luz, da verdade e do seu Criador, indo após as trevas, a mentira e o seu próprio orgulho. O escritor da carta  refere-se aos anjos que não permaneceram na sua posição original de autoridade, mas rebelaram-se contra Deus, estando desde então aprisionados, aguardando a condenação final. Nem todos os anjos caídos, porém, estão encarcerados, pois Satanás e muitos demônios estão na terra atualmente. Estes são os demônios, antigos anjos que corromperam os homens da antiguidade. Estes seres estão acorrentados esperando o dia do seu julgamento final. Esse seria o segundo  exemplo de desobediência

 

 7 assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.

O terceiro exemplo  são os habitantes de Sodoma e Gomorra que agiram com terrível imoralidade e, tal como aqueles anjos trocaram a experiência de santidade e pureza, por uma experiência de rebeldia e desordem. A expressão "Sodoma e Gomorra" se aplica, por extensão, às cinco cidades-estados do vale de Sidim, no mar Morto (também chamado mar Salgado): Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela (também chamada de Zoar), o escritor menciona as cidades ao redor como merecedoras da mesma punição. Fogo e enxofre consumiram todas aquelas cidades.  A arqueologia confirma o relato.

Explorações modernas,  feitas nesta região mostram ser ela uma área queimada, de óleo e asfalto.  O estudioso Jack Finegan (1959, p. 147 ) afirma:

“Uma cuidadosa pesquisa da evidência literária, geológica e arqueológica aponta para a conclusão que as infames ‘cidades da planície’ (Gênesis 19:29) estavam na área que agora está submersa . . . e que sua ruína foi realizada por um grande terremoto, provavelmente acompanhado por explosões, relâmpagos, ignição de gás natural e conflagração geral.”

 

8 Contudo, semelhantemente também estes falsos mestres, sonhando, contaminam a sua carne, rejeitam toda autoridade e blasfemam das dignidades.

Os homens ímpios citados no versículo 4, tinham um procedimento infame. Especialmente em duas áreas específicas. Contavam seus sonhos como se fossem uma espécie de "revelação divina" e os utilizavam  para praticarem a imoralidade sexual contaminando-se com alguns daquela localidade. Judas também os acusa de blasfemarem das autoridades instituídas por Deus nos lugares celestes. Nós não estamos em condições de especular que autoridades seriam estas.

 

9 Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda

É possível que Judas faça alusão a um livro que não consta na Bíblia. O relato do livro apócrifo  "A Assunção de Moisés" ( livro apócrifo é um livro não aceito como inspirado, por isso não consta na Bíblia)  narra com mais detalhes a estranha história da morte de Moisés, relatada em Deuteronômio (34,1-6). Ele conta que o Arcanjo Miguel, encarregado de dar sepultura a Moisés teve um disputa com Satanás. Ele reclamava que   o corpo de Moisés era matéria; a matéria seria má e, portanto, o corpo de Moisés lhe pertenceria, além disso ele acusava Moisés de ser um  assassino, já que havia tirado a vida do egípcio a quem vira castigar os hebreus (Ex 2,11-12). Se o relato ocorreu precisamente desta forma não se pode saber.

A ideia que Judas nos passa é a de que os mestres estavam se metendo em assuntos que não lhes pertenciam, e utilizando uma autoridade que eles não possuíam. Se Miguel, Arcanjo ( maioral dos anjos) não ousou proferir palavras contra uma autoridade do mundo das trevas, quem seríamos nós, seres humanos para fazê-lo? O correto é pedir que o Senhor repreenda nosso adversário.

 

10 Estes, porém, blasfemam de tudo o que não entendem; e, naquilo que compreendem de modo natural, como os seres irracionais, mesmo nisso se corrompem.

Os falsos mestres gostavam de especular sobre tudo. Sem nenhum pudor, sem nenhum temor. Eram ignorantes da verdade de Deus. Judas os chama de seres irracionais.

 

11 Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré.

 Estes falsos ensinadores eram corrompidos por causa do dinheiro, como foi Balaão. E também eram rebeldes como foram os filhos de Coré.

 

12 Estes são os escolhidos em vossos ágapes, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas;

Estes homens ímpios estavam no meio da Igreja, eram a podridão que se misturava entre os santos, a sujeira em meio aos homens e mulheres de Deus. Judas gosta bastante de exemplos. E ele faz três comparações para ilustrar a atividade destes hereges no meio da Igreja.

 

pastores que se apascentam a si mesmos

O trabalho do pastor é cuidar, proteger e alimentar seu rebanho, mas estes falsos mestres procuravam cuidar, proteger e alimentar a si mesmos, eram lobos travestidos de pastores, querendo engordar às custas das carnes das ovelhas.

 

nuvens sem água, levadas pelos ventos

Eram como uma nuvem escura, que parece trazer muita  chuva, mas são logo levadas pelo vento, enganando quem delas esperava a água. Eles também, aparentavam serem grandes vultos do ensino cristão, prometiam grande bênção para o povo santo, mas eram mentirosos e não cumpriam com suas promessas.

 

 são árvores sem folhas nem fruto, duplamente mortas, desarraigadas

Além de corruptos, amantes do dinheiro e falsos, eles também estavam secos de comunhão com Deus, e por isso não davam frutos nem poderiam alimentar ninguém, pois estavam mortas. Não serviam aos ímpios, pois estavam afastados deles, no meio da Igreja, mas também não serviam a Deus, pois andavam entre os regenerados sem serem de fato, regenerados. Por isso estavam mortos para o mundo e mortos para Deus, duplamente mortos, desarraigados dos dois lugares.

 

 13 ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas.

 As ondas de um mar sujo e agitado são impressionantes. As águas escuras afastam os banhistas cautelosos.  Triste é a situação destes falsos ensinadores, estão carregados de podridão e lixo. Eles são como estrelas cadentes que riscam rapidamente o universo em direção a sua destruição final. Infelizmente há  sempre alguns que se aventuram a entrar no mar imundo e revolto, e se arriscam a seguir estas estrelas errantes. São os que seguem os ensinos destes obreiros da impiedade.

 

14 Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos,

15 para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram.

Judas  o cita o livro de Enoque mas nem por isto o tem como livro inspirado. É interessante ressaltar que essa citação é verdadeira apesar do conjunto da obra do livro não ser. Até em um livro comum, hoje em dia, por mais descomprometido com a verdade que  esteja é bem possível que, mesmo assim, ele mencione algo de verídico. É isso o que ocorre aqui, Judas nos mostra um ponto verdadeiro, um fato histórico, citado  no livro apócrifo de Enoque. Se Deus permitiu que este registro estivesse na Bíblia, podemos ter certeza de que Enoque, o sétimo da geração de Adão, profetizou o que aqui está descrito. Ele vira Deus vindo com seus milhares de anjos para julgar pessoalmente as impiedades praticadas pelos homens maus. Ele vem para julgar, mas primeiro irá  mostrar como e de que forma eles estavam errados em suas manifestações impiedosas.

 

16 Estes são murmuradores, queixosos, andando segundo as suas concupiscências; e a sua boca diz coisas muito arrogantes, adulando pessoas por causa do interesse.

Judas tem uma lista de ampla de adjetivos para classificar estes homens maus. Murmuradores, queixosos, ou seja, estão sempre insatisfeitos, insaciáveis, querem sempre mais, estão sempre descontentes. Andam em suas concupiscências, desejando mais do que é lícito, ambicionam sempre mais alto, mais destaques, mais honras, mais e mais. São arrogantes, enxergam-se maiores do que realmente são, por isso vaidosos. São interesseiros e bajuladores e desta forma, não sabem elogiar com sinceridade e pureza de coração.

 

17 Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;

18 os quais vos diziam: Nos últimos tempos haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias concupiscências.

Aqui está  um ótimo indício para concluirmos que este Judas não era um dos doze apóstolos. Ele relembra a palavra "dos apóstolos", e não se inclui entre eles.  A mensagem recordada era um aviso de que haveriam ímpios mal-intencionados brincando com a vida cristã, ridicularizando a fé através de seus ensinos e seus testemunhos.

 

19 Estes são os que causam divisões; são sensuais, e não têm o Espírito.

Aqui Judas acrescenta mais um pecado na lista negra já bem extensa dos falsos mestres. Eles causam divisões na Igreja, um problema muito sério que o rebanho de Cristo enfrenta no decorrer dos séculos. O que causa divisão na Igreja? Não é pensar diferente, não é divergir sobre uma proposta ou projeto do pastor.  O que causa divisão, são as heresias ensinadas por falsos mestres que não se preocupam em glorificar a Cristo, sua Palavra ou o Espírito Santo. Esse tipo de coisa mata a Igreja, mina sua força e abre brechas para o inimigo das nossas almas.

Além disso, Judas volta a mencionar o problema da sensualidade, com certeza a Igreja vivia uma grande e perigosa crise moral, causada por ensinos malignos a respeito da sexualidade, pelas referências a Sodoma e Gomorra, e suas famosas práticas homossexuais, não seria arriscado apontar que uma destas abomináveis imoralidades seja a prática homossexual.

 

20 Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,

21 conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.

Judas volta a enfatizar o dever dos cristão de batalharem pela fé santíssima. O dever de crescer na maturidade espiritual através da oração no Espírito Santo. Só crescendo eles poderiam pôr-se a salvo da perdição eterna. Conservando sua fé, conservando seu amor a Deus, através da sua misericórdia eles herdariam a vida eterna. Manter a fé em Cristo e na sua misericórdia era essencial para que eles se mantivessem seguros de sua salvação.

 

22 E apiedai-vos de alguns que estão na dúvida,

23 e salvai-os, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, abominação até a túnica manchada pela carne.

O escritor está novamente ressaltado o pecado da falta de fé, como deveriam agir com os crentes infectados com essa perniciosa doutrina. Ele está preocupado com os simples do meio do povo que se contaminaram com a falsa doutrina, mas de modo nenhum diz para aliviar o julgamento  aos falsos ensinadores. Os enganadores não tinham nenhuma dúvida sobre as heresias que ensinavam, mas os cristãos mais fracos tinham.

Alguns destes crentes mais fracos também enveredaram pelo caminham da sensualidade e caíram em pecado. Além de serem infectados pela falta de fé, foram mais longe e abandonaram-se a lascívia. Judas recomenda que tenham compaixão destes, porém com todo cuidado para não serem também seduzidos por sua imoralidade.

 

24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos,

 

poderoso para vos guardar de tropeçar,

Com certeza Judas confiava que o amor e a misericórdia do Senhor faria com que o rebanho de Cristo ficasse firme e permanecesse inabalável até a consumação dos séculos.

 

 apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos

Há apenas duas possibilidades do ser humano se apresentar diante da glória de Deus no Grande Dia. Ou derrotados, apenas aguardando o julgamento e condenação eternas, ou vitoriosos, cheios de alegria, imaculados, perdoados pelo Senhor e prontos para herdar a vida eterna. O que fará a diferença será se formos achados entre os que creram e receberam a dádiva da salvação ou entre os que rejeitaram essa  salvação.

 

 25 ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.

Aqui Judas encerra com um louvor (doxologia). Vamos analisar primeiro o que ele nos diz antes de encerrar.

 

ÚNICO DEUS, NOSSO SALVADOR - Deus é quem nos salvou, não o homem, não os deuses, mas sim o único Deus que existe.

JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR -  Além de ter  um só Deus, os cristãos tem apenas um Senhor. Jesus Cristo, Filho de Deus, que se fez homem e morreu em nosso lugar, como diz as Escrituras. Todo cristão que crê nisso confessa o senhorio de Cristo sobre sua vida.

GLÓRIA - Na Língua grega significa doxa, por isso a palavra doxologia, que significa louvor. Deus é o portador exclusivo de toda beleza, esplendor e luz. Isso é glória, Deus é glória.

MAJESTADE - Deus também é Rei, e Ele reina sobre tudo e todos, por isso O chamamos de Majestade, o Senhor absoluto de todas as pessoas e todas as  coisas.

DOMÍNIO - Ele  domina sobre sua criação, nada escapa do seu controle.

PODER - Ele tem todo o poder no céus e na terra. Ele cria do nada, ele salva, ele preserva, ele destrói e ele condena. Deus é Todo Poderoso.

 

 

Referências 

https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080331_asteroidesodomagomorra_np.shtml

 

Quando Enoque completou 65 anos, gerou Matusalém. Enoque andou com Deus. Depois do nascimento de Matusalém, Enoque viveu 300 anos e gerou filhos e filhas. Toda a duração da vida de Enoque voi de 365 anos. Enoque andou com Deus, depois desapareceu, pois Deus o arrebatou.  Gênesis 5,21

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