Apressei-me, e não me detive, a
observar os teus mandamentos. Salmo 119.60
A
Bíblia está recheada de passagens que
combatem a precipitação, a impulsividade e a pressa.
Saul
se precipitou quando sacrificou como profeta de Deus (I Sm 13.8)
Tiago
e João foram apressados ao pedirem a Jesus a permissão de mandar cair um
raio do céu para queimar os que rejeitaram Jesus (Lucas 9,54 )
Em
muitas outras passagens vemos as Escrituras condenando a pressa e a
impulsividade.
De fato há também um ditado popular que corrobora com a visão bíblica que diz:
"A
pressa é inimiga da perfeição".
Isso
ocorre por que geralmente é preciso refletir antes de agir, deliberar, pesar os
fatos e as consequências e depois disto, proceder com prudência.
Mas
nem sempre é assim, às vezes a pressa se torna a melhor amiga da perfeição. Há casos que não admitem
espera, não admitem muito pensamento, muita deliberação, é preciso agir e agir
rápido.
É
muito comum no ambiente corporativo que se invista em pessoas que possuem
facilidade de responder com rapidez diante de diversas situações. Pessoas que não protelam decisões.
Agir
rápido pode evitar dissabores, evitar que pessoas se firam, ajuda em
emergências e evita que conflitos menores se transformem em verdadeiras dores de
cabeça crônicas.
A
agilidade para tomar decisões corretas é fundamental na vida cristã.
Se
Davi fosse mais rápido em desviar o olhar da mulher que se banhava diante de
sua janela, ele não a cobiçaria, evitando o pecado do adultério e grandes males para sua
vida.
Se
Samuel fosse mais rápido em decidir punir e castigar seus filhos não teria sua
descendência sido julgada indigna da função de juiz.
Se
José não tivesse sido rápido em fugir das investidas da mulher de Potifar, , que desejava deitar-se com ele, provavelmente o seu castigo
seria a morte e não a prisão.
Há
muitos casos que poderíamos citar de como é importante agir com rapidez ao
tomar decisões sábias.
Mas como
saber quando agir com rapidez e quando agir com mais paciência? Como
saber quando ser ágil e quando ser mais cauteloso e reflexivo?
Eu
acho a resposta bem simples. Quando sabemos o certo a fazer não devemos
protelar a decisão, é preciso agir o mais breve possível nesta direção. Pelo
contrário, se não temos certeza de que algo agrada a Deus é melhor termos
calma, cautela e refletir.
Há
muitos impulsos bons, que não devemos reprimi-los, o impulso de fugir do pecado
é um impulso que aprendemos quando fomos regenerados e salvos.
Sabe
aquele impulso de fugir de uma conversação torpe, degradante entre as conversas
dos colegas de serviço? Pois é, se você resistir ao impulso de fugir do papo é
bem capaz de entrar no ritmo mundano deles. O
impulso de fugir da fofoca, quando ouvimos falar de alguém, é outro exemplo de como saber usar o impulso a seu favor. São decisões
rápidas que nos fazem fugir do erro.
Há
decisões rápidas que nos fazem agir corretamente, o impulso de ajudar um
necessitado, o impulso de estender a mão ao velhinho que está a cair no ônibus
lotado, o impulso de falar de Jesus a um oprimido que precisa de conselhos. São
vários impulsos bons que precisam ser cotidianamente cultivados e estimulados
em nossa natureza para que estes impulsos não desapareçam.
É
preciso ter pressa, correr mesmo, na hora de fazer o bem, para que esta força,
esta energia que nos impulsionou a fazer algo de bom não desapareça de nós.
Mas
também é necessário pressa, rapidez, velocidade para fugir do pecado que nos
rodeia, para que a tentação não alcance vitória sobre nossa vida, nos
derrotando pela insistência.
Agir
com rapidez é agir com ousadia, com presteza e autoridade. Quem pensa demasiado
perde incontáveis oportunidades. Mas quem se acostuma a agir bem e com rapidez
sempre estará apto aproveitar todos instantes para servir a Deus.
É
preciso ser rápido para fazer o bem e rápido para fugir do pecado.
Que
nós sejamos Velozes para Deus.
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