Fontes
Históricas
A primeira
e maior fonte sobre a história da Igreja é o livro bíblico de Atos dos
Apóstolos, escrito por Lucas. Os acontecimentos relativos a Igreja posteriores
ao livro de atos possuem como maior testemunha o livro História Eclesiástica de
Eusébio de Cesareia, trata-se de um relato cronológico do desenvolvimento do
cristianismo primitivo entre o primeiro e o quarto século.Existem outras fontes
indiretas onde se tenta reconstruir a história da Igreja primitiva com a máxima
precisão possível.Entre as fontes estão os livros dos apóstolos Paulo, Pedro,
Tiago, Judas e João e alguns relatos dos pais da Igreja do I e II secúlos, como
Papias, Policarpo e Clemente de Roma.
Fundação
da Igreja
Quarenta dias depois de sua ressurreição,
Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11).
Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, quando 120 seguidores de
Cristo estavam orando a promessa da descida do Espírito Santo se cumpre, sendo
este então o marco do início da Igreja (At 2.13).Cerca de 3 mil pessoas
aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2.41).
Doutrina
e crenças
As
crenças dos cristãos primitivos eram muito simples: Todos os seus pensamentos
sobre a vida cristã tinham como centro a pessoa de Cristo: Criam em Deus, o
Pai; em Jesus como Filho de Deus, Senhor e Salvador; criam no Espírito Santo;
criam no perdão dos pecados e na (iminente) segunda Vinda de Cristo.
Os
primitivos cristãos tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor para comemorar a Última Ceia. A princípio, a Ceia
do Senhor era uma refeição completa que os cristãos partilhavam em suas casas.
Cada convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava com oração e com o comer de pedacinhos de um
único pão que representava o corpo partido de Cristo. Encerrava-se a refeição
com outra oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava
o sangue vertido de Cristo.
O
batismo era um acontecimento comum na Igreja desde o tempo de Paulo (Ef 4.5). Os
cristãos eram batizados em nome de Jesus, seguindo o seu próprio exemplo
(Mc 1.10; Gl 3.27).
Parece
que os primitivos cristãos interpretavam o significado do batismo de vários
modos - como símbolo da morte de uma pessoa para o pecado (Rm 6.4; Gl 2.12), da
purificação de pecados (At 22.16; Ef
5.26), e da nova vida em Cristo (At 2.41; Rm 6.3).
O NT
não apresenta evidência alguma de que a igreja primitiva observava quaisquer
dias santos, a não ser sua adoração no primeiro dia da semana (At 20.7; 1Co
16.2; Ap 1.10). Os cristãos não observam o domingo como dia de descanso até ao
quarto século de nossa era, quando o imperador Constantino designou-o como um
dia santo para todo o Império Romano.
O
historiador Eusébio diz-nos que os cristãos celebravam a Páscoa desde os tempos
apostólicos; Por volta do ano 120 dC, a igreja de Roma mudou a celebração para
o domingo após a Páscoa judaica.
Os cristãos defendiam a igualdade entre todos
homens (CI. 3:11), enquanto que o paganismo insistia na estrutura aristocrática
da sociedade em que uns poucos privilegiados eram servidos pelos pobres e pelos
escravos.
Expansão
Nos
três primeiros séculos a igreja expandiu-se muito. As regiões atingidas até o
final do primeiro século estavam às marges do Mar Mediterrâneo, indo desde
Cirene (Líbia), ao sul, até a Itália central, ao norte, e incluindo todas as
regiões intermediárias – Egito, Palestina, Síria, Ásia Menor, Grécia e
Macedônia. As maiores concentrações de comunidades cristãs estavam na
Palestina, na Síria e na chamada Ásia, o oeste da Ásia Menor, em torno da
cidade de Éfeso. No segundo e no terceiro séculos, as novas regiões alcançadas
incluíam, no Oriente, a Mesopotâmia (Iraque), a Pérsia e a Armênia, e no
Ocidente, toda a Península Balcânica ao sul do rio Danúbio, a região ao sul do
rio Reno (República Tcheca, Eslováquia, Croácia, Albânia), toda a Península
Itálica, partes da Alemanha, França, Espanha e Lusitânia (Portugal) e o sul da
Britânia (a futura Inglaterra). No norte da África, um novo e florescente
centro cristão foi a Numídia (a atual Tunísia) e sua capital Cartago. É verdade
que em muitos desses lugares a presença cristã era ainda pequena, mas crescia
continuamente.
O NT
não nos informa precisamente sobre o governo da igreja primitiva.
Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os negócios de cada congregação
(Rm 12.6-8; 1Ts 5.12; Hb 13.7,17,24), exatamente como os anciãos faziam nas
sinagogas judaicas.O Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando
líderes pra o ministério. Alguns
ministros chamados evangelistas
parecem ter viajado de uma congregação para outra, como faziam os apóstolos.
Seu título significa "homens que manuseiam o evangelho". Os anciãos
assumiam os deveres pastorais normais entre as visitas desses evangelistas.
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