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Sou pequeno e desprezado. Salmos 119.141


Pequeno sou e desprezado, porém não me esqueço dos teus mandamentos.
Salmos 119.141


Há algumas poucas coisas que se podem conhecer a respeito de nós, seres humanos, aqui duas principais:  Somos uma construção maravilhosa, máquina sofisticadíssima, um  corpo que tem mecanismos precisos, alimentação, circulação, excreção, respiração, que nos mantém vivos  por vários anos. Somos seres morais e racionais, feitos à imagem e semelhança de Deus. Mas também somos seres egoístas, malvados e cheios de toda sorte de vícios e pecados, somos corruptos por natureza, todos nós, uns mais e outros menos.

Dignos de admiração enquanto feitura de Deus e dignos de desprezo enquanto pecadores afastados deste Deus.


É fácil desanimar quando a pessoa se sente pequena e sem valor diante de si mesmo, de seus próprios olhos. É fácil se sentir um lixo quando se compara com gente  que imaginamos ser mais valiosa, que sabe mais, que é mais rica, mais poderosa, gente que é mais interessante, mais importante, mais necessária ao mundo.  Olhar para algum amigo ou conhecido e pensar como é pequeno em relação a tal pessoa. Menosprezar-se, infligir-se, apequenar-se diante da vida e diante de si mesmo. Diste modo  alguns sentem o alívio da autocomiseração.

Há como pensar assim para sentir-se pior, mais debilitado, mais desprezado e assim sentir mais pena de si mesmo, sentir-se injustiçado por tudo e por todos. Mas isso não é a perspectiva correta de vida que Deus deu para nós. Há mais vida além de nossas misérias. Deixe-me mostrar.

O fato é que somos um caco entre outros cacos, um pedaço de barro entre outros pedaços. Se você quebrar um vaso haverão pedaços grandes e pequenos, mas nenhum terá alguma utilidade. Um pedaço de barro pode ser maior que o outro, porém ainda assim é barro; um caco pode ser maior que o outro, mesmo assim é caco e para nada tem serventia. Você não é nem pior  e nem melhor que ninguém, apenas caco. Mas isso não é tudo.

O salmista sabia que era desprezado pelos homens, indigno diante da sociedade e diante de si mesmo, mas isso não o deixava triste e desanimado, pois ele estava diante de Deus que era infinitamente superior a tudo e a todos. 

Ele honrava ao Senhor e aos seus mandamentos, ele os amava de todo o coração e isso dava sentido á sua vida e tirava o peso de ser desprezado de cima de seus pequenos ombros. Ele  tributava ao Altíssimo   louvor à sua magnificência , pois ele é grande em poder e grande em bondade. Diante disso sua atitude é o honrar  por suas virtudes,  pela sua sabedoria, sua bondade, seu poder, sua justiça, sua verdade, sua misericórdia.
A perspectiva de nossa pequenez está contrastada com a grandeza bondosa do Altíssimo e essa comparação nos faz muito bem pois sentimo-nos gratos e honrados por termos sido alvos do amor incondicional deste Deus.

Se a nossa percepção de miséria vem da nossa pequenez e de nossos inúmeros pecados, nossa percepção de grandeza vem da Palavra de Deus e do infinito amor de Jesus por  nós,  e para ele somos seres pequenos mas não desprezados.

Comentários

Anônimo disse…
Muito boa reflexão. Viver a busca do reconhecimento ou dos louvores de outrem é perca de tempo. Melhor buscar o real sentido de ser naquele que nos fez para sermos como Ele é. A vaidade e os valores do mundo passam, a palavra de Deus e os homens conformados nela permanecem para sempre. Antes os seus Madamentos Senhor, do que o louvor da vaidade.
A vaidade é um grande empecilho para uma vida cristã profunda e autêntica.

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