E conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará.
Há muita divagação
a respeito do que seria propriamente a verdade. É também questionada a possibilidade de conhecer a verdade ou não. Se ela está acessível a
nós, se ela está acessível à razão.
O que é a verdade? Ela é acessível? Ela existe? Somos reais ou virtuais?
Sábios e filósofos tentaram resolver estas questões de diversas formas,
montaram estratégias de argumentação, propuseram experiências, foram fundo na
questão para descobrir o que seria real e verdadeiro, longe da subjetividade.
Sem a verdade objetiva não há muita segurança, não há certeza, sem certeza não
temos esperança, sem esperança perecemos, nos desmotivamos, caímos numa
existência vazia e "non sense", sem sentido. É preciso descobrir a verdade. Isso é urgente.
Para Pirro de Élis (365-270), filósofo grego cético, é impossível afirmar se algo é
realmente falso ou verdadeiro, se uma atitude é justa ou injusta, certo ou errado, bom ou mau.
Ele propôs o
ceticismo, uma dúvida completa e
extremada de tudo.
Por outro lado, o filósofo francês, Descartes propôs
sua teoria no livro "Meditações Metafísicas". Ali o francês checa com muito detalhismo e método todo tipo de
crença, para tentar descobrir se eram
absolutamente certas, reais, factíveis, e daí extrair algo que se podia
saber com segurança, sem dúvidas. Ele montou uma teoria baseada no famoso "Penso logo existo", na qual a primeira verdade indubitável seria o fato de que pensamos. O filósofo francês não obteve sucesso. Apesar
de interessante e criativa, sua teoria apresentou falhas importantes que a inviabilizaram.
Outro filósofo, Leibniz, propôs a teoria da monadologia, na qual ele
explicava a realidade objetiva do mundo através dela. As mônadas seriam os "tijolos" que formariam a realidade. Falhou como Descartes.
Criativo porém impreciso.
Platão, Aristóteles e outros sábios também tentaram
estabelecer a verdade. Todos falharam, nenhum conseguiu dar uma resposta satisfatória para a humanidade. Até hoje a filosofia tenta estabelecer o
conceito de verdade, sem sucesso. Eles, os sábios, não foram realmente tão
fundo quanto desejaram. Nem poderiam, a sabedoria humana é limitada. A razão é
limitada. Eles andavam , mas não saiam do lugar, remavam , mas seu barco
continuava ancorado na rocha. Estavam presos, estavam acorrentados à incerteza
e insegurança.
E qual a razão disto ser assim? Qual o motivo de não se
conseguir chegar a verdade?
Deus é a verdade. A verdade primeira e última, na qual
todo o resto de nossas possibilidades está fundamentada. A verdade da
existência de Deus é a primeira coisa que devemos saber, e é o que proporciona
fundamento para toda a verdade.
Para conhecer a Deus é preciso fé. A razão não pode
"fabricar a fé", a fé é um dom de Deus (Efésios 2.8,9). Sem fé,
continuamos escravos da ignorância.
A fé em Deus, a fé em Cristo proporciona ao coração do
homem a certeza de que tudo tem um sentido, uma finalidade e tudo está em
conformidade com um plano original, e que sobre todas as coisas há um poder
centralizador e provedor, que cuida e zela para que a realidade não saia fora
de seu controle.
Esta é a verdade que dá segurança, a verdade que
liberta. Liberta da ignorância espiritual que leva a perdição.
Deus nos trouxe a verdade através da revelação bíblica e ela é
certa, segura, absoluta. Não há achismos
ou conjecturas, só seguranças e certezas.
Jesus trouxe a
verdade que nos ilumina, nos liberta, experimentamos esta verdade pela fé. Experimentamos a verdade como liberdade.
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