Trata o teu servo conforme o teu amor leal e ensina-me
os teus decretos. Salmo 119.124
Deus é Deus de
amor leal. Não falha, não se altera, não se abala.
Lemos esta que
é uma oração de petição. O salmista se dirige a Deus pedindo para que sua vida fosse
edificada sobre fundamentos firmes, sólidos, ele queria ser instruído
pelos divinos preceitos.
Se Deus
garantisse algo, estava garantido. Percebemos que o escritor aqui desejava
garantias. A Palavra era uma garantia, por isso conhecer a palavra era imprescindível.
Pensemos agora
na Magna Carta.
A Magna Carta
é um documento assinado em 1215 para limitar os poderes da monarquia na
Inglaterra. Na época, a carta foi assinada pelo rei João, que se encontrava no
trono inglês. John Lackland ( o Rei João) e Stephen Langton foram seus autores,
segundo alguns historiadores. Ela significava claramente que o povo tinha direitos e que o rei
não poderia burlar estes direitos por qualquer pretexto. Para estabelecer os
limites da autoridade real sob o povo e dar segurança ao mesmo foi assinado um
documento que definia isso nitidamente, este documento era a Magna Carta;
Nós,
brasileiros temos uma "Carta Magna", ela nos garante direitos e deveres, nós a
chamamos de Constituição e foi feita em 1988. Todo presidente deve ser submisso
aos ditames e ordenamentos de direito deixados na Constituição. Não se pode
apartar deles sob o risco de deposição.
Deus, ao nos
dar a sua Lei, foi especialmente amoroso, pois nela o Altíssimo assume um
compromisso autoimposto de exigir de nós somente aquilo que está escrito e nada mais. Foi autoimposto pois Ele não precisava disto. Ao Altíssimo ninguém pode depor, não se pode tirar Deus de seu trono. Se Deus mentisse, falhasse ou nos enganasse,
ninguém o poderia julgar ou corrigir. Se Ele desejasse nos destruir por simples
prazer, Ele o poderia e ninguém poderia resistir.
Maravilhosamente
nosso Deus não age assim; Ele não vai nos punir, nem nos julgar, nem vai agir com ira ou com
amargura conosco se estivermos escudados em sua Palavra. Somos protegidos da
ira divina pela obediência à Sua Palavra.
O salmista sabia disto, sabia
que Deus era Leal e que jamais passaria por cima do que estava ele mesmo havia escrito, ele sabia que não agiria por
impulso e também não
agiria caprichosamente com seu povo destruindo-o. O modo que ele agiria era de acordo
com o que estava escrito a seu respeito, eles poderiam estar seguros.
Mesmo que
muitos vejam como negativo, como algo ruim, pesado e punitivo, a entrega da Lei
é um ato de confirmação do amor de Deus ao seu povo escolhido. Só este povo saberia como
agradá-lo da melhor forma e da melhor maneira e também seria recompensado por
isso.
O povo seria abençoado e protegido pelo Senhor
Além de não
punir, o Senhor promete bênção ao povo que prestar obediência aos seus
estatutos. Não é necessário muita sabedoria para compreender que há grande
vantagem em conhecer os estatutos divinos e há grande prejuízo em
desconhecê-los.
Por isso
percebemos que todo empenho do salmista está em ser ensinado pelo próprio Deus o modo
como Ele deseja ser obedecido. Há muito proveito em conhecer detalhadamente a
Lei do Senhor.
Temos uma
Carta Magna, a Bíblia, nos recomendando o modo aceitável de obedecermos ao
Senhor. Aprender sobre a Bíblia é um ato inteligente de nossa parte, fazemos bem a nós mesmos assim
procedendo.Naturalmente não conseguiremos obedecer-lhe sempre em tudo, erramos e somos corrigidos, mas mesmo assim, nosso Senhor providenciou para que Jesus pagasse o preço da punição eterna que pesava sobre o pecado que havia em nós. Pela sua graça somos protegidos da destruição.
Deus é Deus de
amor leal, ela não ignora compromissos.
Fontes de pesquisa
João sem Terra
ou John Lackland, Rei da Inglaterra
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RBJoaoST.html
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