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Arbusto solitário do deserto. Deuteronômio 8.2-3



E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.
E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.
Deuteronômio 8.2-3

O Povo de Israel  passou por um período muito duro de provação no Deserto do Neguev. Quarenta anos de sol escaldante, quase nada de  chuva, calor sufocante, sequidão extrema. Um local onde a vida era praticamente impossível. Olhando ao longe, lá e cá se destacava algum arbusto solitário que permanecia lutando contra rigidez árida do deserto.
Não há como plantar nada, não há água, manter-se no deserto é uma tarefa praticamente impossível, no máximo suportaríamos alguns dias. Mas para Deus não há impossíveis e Ele, fazendo pouco caso das condições adversas, manteve um povo de mais de 2 milhões de pessoas, entre adultos e crianças, por um período de 40 anos neste terrível e árido deserto.

As condições enfrentadas pelo cristão não são muito diferentes destas, por todos os lados o que vemos é a sequidão de estio desafiando nossa existência, somos como arbustos solitários no deserto. As condições são extremamente adversas, mas é  nos  impiedosos páramos da vida  que Deus deseja ser glorificado em nossas vidas.
Onde as trevas são mais escuras é mais fácil perceber a importância da luz. Onde a terra é mais seca é onde valorizamos mais o refrigério da água, é onde a circunstâncias são mais contrárias, mais duras, que percebemos o quanto dependemos de Deus.

O Deserto é o local onde a graça é superabundante.

Um homem orgulhoso é extremamente perigoso e destrutivo. Além disto é inútil para o Reino de Deus pois se  vangloria de suas capacidades ou de seus recursos. Nós não podemos ser assim. Israel, povo de Deus não podia ser assim.
Bom, Israel no deserto do Neguev não tinha nada para se orgulhar e não tinha recursos para confiar, ele era o arbusto solitário, seco. Mas Deus queria que este arbusto florescesse e crescesse, tornando-se uma grande e frondosa árvore. Sempre confiando somente no Senhor como fonte de todo benefício.

O Povo foi humilhado, teve fome, teve sede, sofreu o calor escaldante porque precisava aprender a pedir. E não somente pedir, precisava aprender a confiar. Pedir e confiar são lições importantes que se deve aprender ao passar pelos desertos da vida. Aquele que sabe pedir não se envergonha de dizer que não pode, não consegue, que é fraco, que é dependente e que está carente de algo. Aprender a pedir também é aprender a confiar.
Peça o pão que Deus te dará o pão, peça a água que Deus proverá a água. Peça também intimidade para conhecer melhor ao Senhor e ele te conduzirá em segurança pelo árido deserto.
Mas como tornar-se árvore na terra seca? Como ao menos manter vivo e verde um arbusto?
Vamos repetir: 

O Deserto é o local onde a graça é superabundante.

É preciso que o arbusto transforme-se em carvalho.
Nós lemos em  Isaías 61.3  que seríamos chamados Carvalhos de Justiça.
É preciso aprender a florescer no meio do deserto. Ficar forte como um grande carvalho.  Esta é um árvore que durante as tempestades fica ainda mais resistente, as suas raízes se firmam e se aprofundam mais durante o tempo de adversidade.
Florescer é confiar em Deus, é depender Dele. Quanto mais dependemos Dele, mais nos humilhamos, mais nos submetemos a Ele  e mais seremos consolados e protegidos. No meio da dura vida as raízes do salvo ficam mais firmes em Cristo. A graça é superabundante no deserto.
Orar a Deus como  Davi orou, como Elias orou, como Jeremias orou, como Jesus orou, só aprendemos no deserto. A intimidade com Deus é o que nos faz crescer e florescer.
A dureza da vida não pode sufocar o gozo da alma dos verdadeiros filhos de Deus. O seu povo andará pelo deserto e florescerá até chegar à Terra Prometida. Eis a nossa garantia.
Chegará o dia, e não tardará, em que os arbustos solitários do Deserto  crescerão para tornarem-se frondosos Carvalhos de Justiça para glória de Deus.

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