Fiz juízo e justiça; não me entregues aos meus
opressores. Salmos 119.121
Devemos tentar convencer a Deus com nossas orações? Ele
já não está convencido do que é melhor para nós? Esta é uma pergunta crucial e
que deve ser encarada francamente.
O salmista por um lado deixa claro, neste versículo,
que sua oração é um argumento tentando convencer a Deus a ajudá-lo para
livrar-se de seus opressores. Perceba que ele está tentando demonstrar a Deus
que ele era um homem que se preocupava com a justiça e com o juízo, e que,
portanto, era justo da parte do Senhor livrá-lo de suas aflições.
Deus nos salva pela graça, mediante a fé. Não temos
mérito algum, não podemos fazer nada para alcançar esta salvação, ela é
imerecida e gratuita. Porém o crente que pratica o mal, peca e se desvia dos
ensinamentos bíblicos de maneira despreocupada logo atrairá para si a divina
repreensão. Deus combaterá o mal, onde
ele estiver, mesmo se for um filho seu a praticá-lo. O Pai Celeste corrigirá
sua igreja de modo a conformá-la a imagem de Cristo, isso pode incluir dor.
Da mesma forma, o Senhor também poupará de muitas
coisas duras os fiéis e dedicados servos que se desviam do mal.
Destarte é necessário aprender a argumentar com nosso
Pai Celeste, de modo que ele possa nos atender em nossos pedidos. A oração é o
meio que Deus deseja realizar sua vontade soberana em nossa vida para que
sejamos mais gratos e fiéis a Ele.
Porém, a oração não deve ser usada como propósito de
fazer Deus mudar de ideia, ou tentar
barganhar, negociar com Ele. Ele é
soberano para fazer o que desejar , a hora que desejar e nós não poderemos
intervir nisso;
Apesar disso , quando declaramos a Deus nossas
intenções e expomos nossa preocupação em sermos honestos e dedicados na vida
diária cristã, nós estamos colocando para nosso Pai o quanto estamos ansiosos
por um relacionamento puro e santo com ele e para com nosso próximo. Estamos
nos apartando do mal. Não é simples questão de merecimento, pois de nós mesmos
não merecemos nada. A questão é se
estamos comprometidos com a glória de Deus e como estamos necessitando de
auxílio para que nossa vida continue sendo ainda mais um reflexo da glória
divina para testemunho das gentes.
Por isso nossos pedidos devem ser razoáveis, moderados
e justos. Assim como o salmista que não estava pedindo riquezas, mas livramento
perante seus inimigos.
Se conseguimos pagar nossas contas, andar vestidos de maneira limpa, honesta e sóbria,
se conseguimos dar um mínimo de segurança e condições a nossa família estaremos
glorificando a Deus com nossas vidas.
Estes são pedidos para área financeira.
Se pedirmos por uma cura, por uma intervenção milagrosa
do Senhor na nossa saúde ou de nossos familiares não é um pedido absurdo, algo exagerado,
estamos sendo moderados.
Se pedirmos a salvação de algum amigo, parente ou
conhecido também estamos sendo justos, com certeza Deus está atento a estes
pedidos. Deus é justo e sempre procura recompensar o nosso viver íntegro e correto perante Ele. Pedir o pão de cada dia, pedir nossa saúde,
pedir por nossos irmãos e conhecidos.
Quanto mais dependemos de Deus mais Ele é engrandecido
em nossa vida.
O salmista
pediu, argumentou e nós também temos autorização para pedir ao
Senhor. Estes são apenas alguns exemplos
de como nossos pedidos podem ser feitos de maneira a glorificar a Deus e de modo que não estejamos orgulhosos se por ventura
alcançarmos.
Você pode argumentar com Deus. Mas seja sincero,
honesto e procure agradecer sempre quando o Pai Celeste lhe alcançar a tão
esperada bênção.
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